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Minha deficiência por minhas palavras

Recentemente, passei por duas situações que me fizeram pensar ainda mais sobre como eu me enxergo.


Recentemente, passei por duas situações que me fizeram pensar ainda mais sobre como eu me enxergo. Trocar de fisioterapeuta e prestar um concurso público serviram de inspiração para esta coluna e para uma autoavaliação que divido com vocês aqui.

Nathalia, ainda criança e estrábica. Ela aparenta ter 8 anos de idade, é loira e veste uma regata preta.Na hora de fazer a inscrição para o concurso e assinalar a cota, precisei informar meu CID: no meu caso, o G802. Foi aí que resolvi pesquisar no Google para ver o que significava. Eis que veio a ‘paralisia cerebral hemiplégica espástica’. Nome grande, complicado, mas que, explicando em minhas próprias palavras, torna-se como o braço direito junto ao corpo e mobilidade reduzida.

Ao contratar o novo fisioterapeuta, ele pediu que fizesse um e-mail contando o meu histórico de cirurgias e tratamentos. Na hora em que eu estava escrevendo, ocorreu que algumas coisas eu sabia pelo nome técnico; outras, eu fui explicando com as minhas palavras. Como, por exemplo, a cirurgia de estrabismo, que, na minha explicação, é “a cirurgia que fez com que eu parasse de olhar para o meu próprio nariz”.

Toda essa convivência simples e leve entre mim e a minha deficiência não foi fácil, e tem dias que ainda não é fácil como parece. Mas acho que essas duas situações me mostraram que, apesar de nomes e peculiaridades de cada deficiência, o mais importante é como você se enxerga. Por isso, recomendo esse exercício: olhe para a sua deficiência sem deixar de olhar para você mesmo.



 
 
 

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